Há uma série de anos, saiu a série MT, com a espectacular MT-01 e a mais humilde MT-03. Ambas tiveram em comum o pouco sucesso comercial, e por isso acabaram com a sua produção. Nos últimos anos lançaram a MT-09 e a MT-07 e essas sim foram um sucesso total, devido ao acertado das suas linhas e a boa relação qualidade-preço do produto.
Com todos estes sucessos, este ano reordenaram a gama e repartiram-na por vários sectores: a linha MT nas hyper nakeds, a linha XSR nas sport heritage e as Tracer nas desportivas e turismo.
Desloquei-me ao concessionário da Yamaha em Barcelos – Motociclos Jorge Moreira, sem qualquer intenção e deparo-me com a Tracer 700 acabadinha de chegar, pronta a ser estreada.
Tentador. Não é propriamente a moto dos meus sonhos, mas é sempre interessante ver como andam as modas. Depois de muita insistência e simpatia por parte da proprietária, não pude evitar aceitar a oportunidade.
A Tracer 700 é uma moto feita para gostar dela à primeira vista. As linhas são harmoniosas e sedutoras e incitam à aventura. Mas não é só o seu estilo aventureiro que a tornam atractiva. Vista ao pormenor, tem componentes de excelente qualidade para o seu segmento e preço. Destaco o basculante em alumínio fundido, o sistema de escape, os pousa-pés e a pega do passageiro, os piscas dianteiros integrados no volante, a cúpula regulável em altura..
Notei as suspensões algo duras, mas teria que andar mais uns Km para tirar mais elacções. Penso que não são reguláveis, ademais da traseira em compressão.
A cúpula, regulável em altura |
Os travões, com ABS, cumprem o seu cometido, sem brilharem, mas tem como nota positiva, a manete do travão ser regulável.
Conforme disse anteriormente, a cúpula é regulável à mão em toda a sua extensão, com dois parafusos, mas a verdade é que na sua posição mais alta, parece que está na mais baixa, ou seja, protege pouco.
O conta-rotações, bem projectado, simples e visível |
As asas do passageiro são muito bonitas e estão muito bem integradas na moto, mas a passageira realçou que são pouco práticas para se agarrar.
Os retrovisores são bonitos e de fácil regulação.
O quadro de bordo é todo digital. Está na moda, mas eu sou partidário que um mostrador deve ser visível numa breve vista de olhos, e o digital está a ir contra este meu princípio. Quando vamos a conduzir, quanto mais tempo tenhamos os olhos na estrada, mais seguros vamos.
Pormenor do escape e do basculante de alumínio |
Neste caso, o mostrador da Tracer está muito bem projectado: o conta-rotações abaixo, com longas barras que lhe conferem boa visibilidade (um defeito muito comum noutros conta-rotações), o velocímetro à direita, o indicador de velocidade engrenada ao centro e o nível de combustível acima à esquerda.
Pneus 180 mm Michelin Pilot Road 4 |
Já que o espírito é de aventura, atrás poderia ter uma pequena grelha para levar pequenos embrulhos.
As rodas são para declaradamente para estrada, com 17’’. O pneu de trás tem 180 mm de espessura. Dá mais estilo, mas para a potência que tem, 160 mm seria mais que suficiente. Destacam-se os pneus, uns excelentes e duráveis Michelin Pilot Road 4.
Por fim, vamos ao preço. Ronda os 8.500€, já com todas as despesas de matriculação, transporte, etc..
Olhando para a concorrente mais directa, a Honda NC750X, custa esta 7800€ e tem soluções muito interessantes, mas a verdade é que a Tracer, além da elasticidade e potência do motor, tem componentes de muito melhor qualidade, que na minha óptica valem bem a diferença.
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A minha cor preferida- Radical Red |
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